sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Miss California deposta por ser contra o casamento gay processa organização do evento

A próxima disputa para a organização Miss California USA e seus diretores tem uma localização nova e incomum: o Superior Tribunal da Califórnia. A destronada Miss Califórnia, Carrie Prejean, decidiu finalmente processar o grupo K2 Productions, que é dono da franquia Miss California USA, e seus diretores, os quais ela diz que a difamaram e discriminaram porque ela apoiou publicamente o casamento tradicional.

O blog Big Hollywood e o site TMZ.com relatam que Prejean entrou com a ação na segunda-feira no Superior Tribunal de Los Angeles acusando os diretores de K2 Productions, Keith Lewis e Shanna Moakler, e o agente de relações públicas Roger Neal, de tomarem parte em difamação de caráter, discriminação religiosa, exposição pública de fatos particulares e provocação intencional e negligente de sofrimento.

O advogado de Prejean, Charles S. LiMandri, disse para o Big Hollywood numa declaração: “Durante os dois meses passados trabalhamos muito para fornecer evidências decisivas de que Carrie Prejean não violou seu contrato com Miss California USA e não mereceu sofrer a revogação de seu título por parte de Keith Lewis.

“Defenderemos a posição de que o título dela lhe foi tirado unicamente por causa do apoio dela ao casamento tradicional. Keith Lewis se negou a limpar o bom nome dela ou até mesmo a admitir que houve alguma injustiça.

De acordo com TMZ, a ação legal alega que Lewis, o diretor executivo de K2 Productions, e Shanna Moakler, a ex-diretora do concurso de beleza Miss Califórnia, conspiraram juntos para remover de Prejean seu título de Miss Califórnia depois que Prejean publicamente reafirmou que acredita que o casamento é a união de um homem e uma mulher.

Depois do concurso Miss Califórnia, Lewis e Moakler rapidamente se uniram para denunciar a resposta de Prejean defendendo o casamento.

A ação legal de Prejean alega que Lewis e Moakler “fabricaram uma lista fraudulenta de umas 50 apresentações públicas que alegadamente Prejean deixou de fazer. Eles divulgaram essa lista para os meios de comunicação a fim de justificar o fim dela como Miss California USA”.

No entanto, Lewis acusou que Prejean foi despedida por legítimas quebras de contrato e não pelas opiniões dela acerca do “casamento” de mesmo sexo. Ele sustenta que Prejean está aplicando um golpe publicitário ao afirmar que K2 Productions a perseguiu por causa da posição dela sobre casamento.

Contudo, Donald Trump, dono de Miss USA/Miss Universe não foi mencionado na ação legal. Prejean declarou no passado que ela mantém sua admiração e respeito por Trump, muito embora Trump finalmente concordasse com o pedido de K2 Productions de despedir Prejean.

Prejean entrou num mundo de controvérsia em 19 de abril de 2009 quando declarou crer que o casamento deve ser “entre um homem e uma mulher” em resposta a uma pergunta do homossexual Perez Hilton, jurado no concurso de beleza. A resposta de Prejean parece ter lhe custado a coroa de Miss EUA, o que Hilton confirmou. Hilton lançou selvagens ataques públicos contra Prejean chamando-a de “puta burra” e disse que se a resposta dela tivesse sido diferente do que ele chamou de “a pior resposta da história de concursos de beleza”, Prejean teria sido Miss EUA.

Nas semanas posteriores, Prejean se tornou o assunto de uma campanha difamatória em que fotos picantes de uma sessão de modelos tiradas na adolescência de Prejean foram postadas em sites de fofocas de celebridades, e boatos sem provas circulados nos meios de comunicação de que a mãe de Prejean havia se envolvido num relacionamento lésbico.

Por sua parte, a ex-ganhadora de concurso de beleza declarou que a lição mais importante que ela aprendeu é que “nada é mais importante do que ser fiel ao que cremos, não importa qual seja o preço”. Prejean usou a oportunidade para defender o casamento tradicional com a Organização Nacional em Defesa do Casamento. A organização destacou Prejean e sua resposta a Hilton num anúncio comercial chamado “No Offense (Sem Ofensas)”, que argumenta que o modo como Prejean foi tratada é um prenúncio do que está para vir se os ativistas homossexuais tiverem êxito na erradicação do verdadeiro casamento.

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